Diário de Coimbra

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FEIRA DECORRE EM ABRIL

Fiarte quer transformar 
Coimbra em referência 
nacional e internacional

Centenas de artistas portugueses, mas também do Brasil, EUA, Argentina, Holanda, Espanha, França e Luxemburgo; mais de centena e meia de peças de arte; assim como galerias, empresas e associações artísticas, vão estar, durante dez dias, concentrados em Coimbra, naquela que é a primeira edição da Feira Internacional de Artes Plásticas (Fiarte - Art€uropa 2011) que decorre de 1 a 10 de Abril, na Praça da Canção.
Esta ideia inovadora do Movimento Artístico de Coimbra (MAC) pretende transformar Coimbra na capital da Arte, não só durante os dez dias que dura a Fiarte, mas no futuro com a organização, no futuro, deste certame, que conta com a participação activa de associações da Lousã, Figueira da Foz, Caldas da Rainha, Torres Novas, assim como com o apoio da Câmara de Coimbra e a colaboração da Escola Universitária das Artes de Coimbra (EUAC).
"Não vale a pena organizar uma feira destas se ela não for encarada, no futuro, como uma Queima das Fitas, umas Festas da Rainha Santa. Este é um evento que a cidade tem de agarrar", afirmou Mamede Albuquerque, responsável pela organização do certame, na conferência de Imprensa de apresentação da Fiarte, destacando a importância de a tenda que será montada na Praça da Canção, com 2.250 metros quadrados, vir a ser visitada por alunos de todo o país.
"Um dos nossos objectivos é criar um ambiente propício para que as Escolas de Arte se encham de alunos e que este seja um futuro profissional na nossa cidade", continuou. Até porque, como lamentou Sá Furtado "tem havido um decréscimo muito grande de jovens a procurarem o campo das artes como perspectiva de futuro". De acordo com o director da EUAC, esta escola chegou a ter licenciaturas em Pintura, Escultura e Cerâmica e, neste momento, tem "um curso genérico em Artes Plásticas, dada à pouca procura.

Rede de Arte 
Nacional apresentada
"Temos muita dificuldade em captar jovens", continuou. Ora, a ambição de quem organiza a Fiarte é mesmo alterar este cenário, assim como "afirmar Coimbra no campo das artes a nível nacional e internacional". "Esta cidade é o sítio certo, esta feira coaduna-se muito com Coimbra", afirmou Joaquim Sousa Varela, representante da Rede de Arte Nacional (RAN), confiante de que o certame conseguirá atrair à Praça da Canção, pelo menos, 50 mil visitantes.
Para tal, estão a ser preparadas conferências, palestras e wokshops em torno das várias formas de arte, nomeadamente uma discussão sobre as práticas mais recentes aplicadas na produção artística, como a arte computacional, net arte e cultura digital, vídeo arte ou body arte, entre outros.
Estão também a ser cativadas as várias associações nacionais para participarem, com os seus artistas, no certame onde aliás, estará a ser apresentada a Rede de Arte Nacional, uma organização, já aprovada formalmente, e que precisa de mais dois membros para ser aceite como federação de todas as associações artísticas portuguesas. Haverá ainda stands montados destinados a galerias, entidades oficiais, movimentos artísticos, escolas de arte e operadores de indústrias criativas.
Como não podia deixar de ser, na Fiarte não faltará a componente expositiva, com a apresentação de trabalhos de artistas nacionais e internacionais, a maioria dos quais presentes no Anuário de Arte "Galeria", que será lançado antes do evento para ser "uma espécie de memória impressa dos participantes" e também uma forma de divulgação dos artistas que se inscreveram na feira, que contará ainda com um espaço de restauração e dois bares.
Com um investimento de cerca de 100 mil euros e um apoio camarário de 20 mil euros, a Fiarte conta com a participação activa das associações de Amizade e das Artes Galaico-portuguesa, Didáctica e Recreativa Arte e Saber da Lousã, para a Cultura das Artes das Caldas da Rainha, dos Artistas Plásticos da Bairrada e ainda do Núcleo de Artes de Raichos. O preço do bilhete será de dois euros, prevendo-se a distribuição de convites, nomeadamente às escolas.